Sinto-me triste por deixar-te meu amor. Mas existem momentos em que a razão supera a emoção e assim deve ser reconhecida.
A decisão muitas vezes não parte de nós mesmo. Às vezes ela parte do outro, de suas escolhas. O que me motiva a fazer de minha presença, a ausência em tua vida, é vê-lo bem na condição em que se encontra. É imaginar que fica fora de meu alcance desfazer aquilo que levou tanto tempo para ser construído. É, mesmo com toda dificuldade, aceitar guardar aquilo que, por mais delicioso que seja, foi construído em menos tempo.
Nosso amor foi brilhante e breve como um relâmpago, que jamais caíra na teia do esquecimento.
Todos os momentos foram intesos, enérgicos e longe da compreensão humana.
Nosso entendimento, muito além da linguagem verbal. Tantas vezes nem era preciso a questão, a resposta jé estava pronta. Tantas vezes com um único olhar as perguntas eram respondidas e tudo era dito objetivamente. Nossos pensamentos, que de tão parecidos falavam ao mesmo tempo.
Tudo que nos aconteceu foi divino e ao mesmo tempo enigmático, incompreensível, espantoso... Não existe uma só palavra que descreva essa analogia, que de tão incrível, acabou na mesma data em que se iniciou.

Quando alguém passa a fazer parte de nossa vida, não é prudente tornar-se dependente dessa passagem. Como foi dito inicialmente - alguém PASSA - ou seja, é uma passagem (caminho, acesso, entrada) que pode durar horas, que se estenda por dias, meses ou ainda por anos. Mas em real sabemos que passará.
Se tivessemos a cultura de entender e aceitar que tudo passa, que tudo muda; sofreriamos menos, cobrariamos menos e aproveitariamos mais.
O afastamento da rotina é a porta da nova possibilidade se abrindo. Se essa nova possibilidade será boa ou ruim, isso dependerá de quem abre a porta.

Hoje não quero pensar no que se foi. Não quero lembrar de quem passou.

Hoje quero abrir a porta da nova possibilidade.

É tão composto o sentimento que sinto agora que chega a me causar confusão.
Quando percebo penetrado em mim, arrisco definir sua composição, seu arranjo, suas sensações e efeitos.
Meus sentidos são capazes de captar com total percepção cada emoção presente. Porém, diante das diversas sensações proporcionadas, não me é possível definir de forma concreta e com poucas palavras o que estou a sentir. Em real, desconheço a palavra que poderia descrever tais sensações. De qualquer forma é possível enxergar claramente a coragem de se cometer um desatino diante de tais condições.

Há dias em que sinto a necessidade de viver perigosamente. Dias em que procuro quebrar regras, infringir leis, derrubar algumas certezas absolutas e ficar de frente com aquela emoção que os normais jamais arriscam sentir. Mas essa necessidade não vem ao acaso, trata-se de buscar emoção, novidade, diferença... Trata-se de saborear e conhecer possibilidades que a vida nos permite e nem sempre temos coragem de arriscar vivenciá-las. Sei, nem sempre é possível se obter sucesso quando se arrisca. Mas quando se faz com prazer, com amor, com pureza... Quando se deixa fluir as boas energias o risco torna-se deliciosamente prazeroso. E quando me recordo, com aquela música, o risco torna-se delirante, me fazendo lembrar o teu sorriso.

Nada mais encantador que a lembrança de tua exibição. Sem medo, sem pudor e confiante em cada gesto teu.

Nada se compara a inspiração que me surge. Mesmo que por tão poucos instantes, ainda assim posso sentir pulsar a mais calorosa vibração, provocada pela aventura do arriscar.

Sabedoria é a maior riqueza que podemos ter. Após adquiri-la, jamais a perderemos.
Conhecimento Enriquece a alma, engrandece o espírito e equilibra o emotivo.
O melhor é que está alcance de todos os indivíduos, independente de raça, de classe ou gênero. Basta usar a razão, saber sentir a emoção e entender o raciocínio. Mas nem todos têm a perseverança de saber filosofar e superar os estágios da vida. Nem todos têm a sabedoria de engrandecer o espírito e elevar a alma.