As pessoas pensam mal porque eu sou amante.
Com certeza elas não enxergam que existem possibilidades do desejo vir do outro, antes de mim.
Esses amores, loucos e anormais aos olhos dos “normais”, não foram por mim solicitados. Eles quem me buscaram.
Não os seduzi, nem os cantei. Todos vieram até mim e me convidaram a amá-los.
Depois, em futuro, minha natureza reagiu. Jamais deixaria o amor por coisa tão óbvia.
Se eles buscaram, foi porque desejaram. Se elas não correspondem, correspondo eu. Enfim, acabei mesmo seduzindo, mas só depois de ser seduzida.

4 comentários:
Deus disse: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
Estou apenas fazendo o meu papel.
Hoje eu li um texto que achei interessante. Muita coisa faz sentido, ou não, enfim, nada é totalmente certo ou errado. A opção que fazemos é viver ou não...
Amor clandestino: um dia você vai ter um. Não é um amor como os outros. Amor clandestino é amor bandido, fora dos padrões. Requer encontros secretos, sussurros ao telefone, algumas datas impossíveis de serem compartilhadas e muita saudade. nenhum desgaste do cotidiano, nada de sogra, cunhada e, melhor ainda, nada de filhos! São só os dois e aquelas horas contadinhas no relógio, impedindo que o casal perca tempo com qualquer outra coisa que não seja prazer. No entanto, as pessoas sofrem por causa destes amores. Se é tudo uma festa, qual é a bronca?
O amor clandestino, pra começar, é superestimado. Ele tem a cara dos contos-de-fada, dos filmes que passam no cinema, das cenas de novela. Vivenciamos uma idealização: o par perfeito, que vive entre quatro paredes e que ignora o que acontece do lado da porta da rua pra fora. Já que se vêem pouco, as palavras de amor transbordam, e como ao menos um dos dois é comprometido, o jogo da sedução é ininterrupto. O sexo é a estrela da casa, por causa dele a relação nasceu e se mantém. Não é um amor como os outros, e isso é tão bom que acaba se tornando um problema.
Terminar uma relação assim é acordar de um sonho. E persistir numa relação assim é um pesadelo. O amor precisa ser ventilado, sair pra rua, respirar ar puro. O amor precisa de duas pessoas em igualdade de condições. Acreditar que basta uma cabana é ilusão: o amor precisa ser testemunhado.
É muito difícil medir o verdadeiro amor diante de uma relação tão cheia de significados, com tantas armadilhas no caminho, com todo o ilusionismo que a sustenta. O que parece amor pode ser apenas uma fantasia levada às últimas conseqüências. E o que parece apenas uma fantasia levada às últimas conseqüências pode ser mesmo amor. Falta parâmetros para medir este amor intramuros.
Sim, de fato muita coisa podem fazer sentido. Mas não podemos esquecer que cada história é uma história. Cada uma tem um contexto diferenciado, assim como cada ser tem sua singularidade. Cada um sente de uma forma, de repente seja mesmo essa relação inicial no texto a relação sem desgastes para o lado que tem um outro compromisso. Mas para o lado que não tem nenhum, pode ser a relação Pesadelo. Por isso, escolher ser amante é não se envolver amorosamente falando e na hora de pular fora, não pensar e simplesmente pular mesmo. Ou o pesadelo vira fato. Concordo com as colocações finais do texto: "O amor precisa ser ventilado, sair pra rua, respirar ar puro. O amor precisa de duas pessoas em igualdade de condições. Acreditar que basta uma cabana é ilusão: o amor precisa ser testemunhado." Quando de fato amamos alguém, queremos que esse alguém faça parte de tudo aquilo que amamos, família, amigos, atividades que gostamos de realizar. Porque o amor é compartilhar as coisas boas da vida e um "amor clandestino" não permite isso.
Em relação ao seu comentário: "A opção que fazemos é viver ou não..." Eu não viveria, jamais! Se o amor tiver de ser sempre as escondidas, prefiro não vivê-lo. Se vivo é idealizando um dia poder tirar ele da cabaninha. Fazê-lo respirar ar puro e poder compartilhar tudo que é bom. Se não existe essa possíbilidade, espero que meu parceiro deixe isso bem claro, porque se a reciproca não for verdadeira a esse amor não valerá a pena correr grandes riscos.
Engraçado como concordamos em várias coisas e mesmo assim, quando acredito estar seguindo no trilho certo, você me traz para uma realidade em que pareço estar completamente errado (talvez até esteja..) mas o que fica nítido é que a satisfação do outro não é algo simples de se alcançar. "só preciso de atenção"... me lembro de ter ouvido isso, no entanto, entramos numa discussão (sem sentido a meu ver)num momento em que eu apenas queria estar por perto. E aí todas as cobranças vem à tona, como se fossem uma onda, uma avalanche que se inicia com pequenas alfinetadas, e termina(ou não..) com esculachos, do tipo fraco, babaca, pateta, covarde, aguado. Eu entendo todas as insatisfações, as carências, mas o limite é conhecido por nós, e isso pode mudar com o tempo, e é isso que se espera. Só não acredito que isso ocorra, quando a outra parte vive buscando uma razão para agredir, ou para ter raiva , o que só faz afastar e desperdiçar o pouco tempo que se tem, e que poderia ser vivido com toda intensidade, se não fossem esses desgastes recorrentes. Eu não quero ser o pesadelo de ninguem, se posso fazer parte de um sonho que tem tudo para se tornar realidade. Concordo também que o tempo é precioso, e não vale a pena desperdiçar com tiros n´água. Por isso eu disse, viver ou não viver, essas são nossas opções, o que virá depois , só Deus sabe...
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